Mobi de estimação

14/04/2016

SÃO PAULO (SP) - Nas palavras do presidente da montadora Stefan Ketter, o Mobi é o cachorro com rodas. Esse comparativo, que lembra Vinicius de Morais quando disse que o whisky é o cachorro engarrafado, foi para dizer que o novo subcompacto da Fiat foi projetado para ser o melhor amigo de seu dono no enfrentamento do trânsito urbano das grandes metrópoles. “É o carro amigo que vai levar você pelas correntezas do trânsito urbano.”

O Mobi chega para fazer frente aos carros subcompactos, tendo como principal concorrente o VW Up!. Por falar nisso, a Volkswagen não perdeu tempo e no mesmo dia da apresentação do Mobi, anunciou o lançamento da linha 2017 do Up! Será uma boa briga.

O visual do Mobi é novo, agrada, transmitindo um Novo Uno mais curto. Aliás, se você for colocado de olhos fechados, sem saber em que carro está entrando, atrás do volante de um Mobi e começar a dirigir terá a sensação de que conduz um Novo Uno. No teste drive organizado para os jornalistas em São Paulo foi essa a sensação de dirigibilidade transmitida.

Urbano em sua essência, os espaços internos são limitados.

Sob o capô está o já velho conhecido motor 1.0 Evo. Para fazer frente à concorrência nesse aspecto teria de ter um propulsor com três cilindros. A Fiat não confirma ainda, mas nos bastidores a conversa é que em setembro, no salão do automóvel de São Paulo, o motor de três cilindros da Fiat finalmente será apresentado, equipando não apenas o Mobi, mas também o Uno. Nos quase 60 quilômetros que rodamos com o Mobi em São Paulo, o consumo médio de gasolina obtido foi de 11 km/litro, segundo informação do computador de bordo.

No visual suas linhas foram inspiradas nas do Novo Uno, diferencial mais marcante na traseira com sua tampa traseira de vidro de alta resistência na cor preta, que transmite a sensação de maior sofisticação.

A acessibilidade ao interior tem os padrões limitados de todo carro subcompacto. Os bancos dianteiros, como no Novo Uno, tem distância máxima insuficiente para passageiros de altura mais elevada, e quem viaja atrás, também como no Novo Uno, precisa de certa maleabilidade corporal para entrar e sair do carro.

Há como adaptar o espaço interno conforme a necessidade. Todo Mobi tem banco traseiro bipartido de série, podendo ser rebatido só em um dos lados ou nos dois, aumentando o volume para bagagem. Ainda é possível ampliar o espaço do minúsculo porta-malas com as duas posições do encosto do banco traseiro. Outra solução inovadora é o Cargo Box, um compartimento removível para o porta-malas.

O Mobi trará novidades em conectividade. Com o Fiat Live On, por meio de um aplicativo, o celular assume o papel de uma central multimídia. Com essa novidade, o rádio passa a ser item desnecessário, uma vez que os smartphones farão todos os papéis. Só que a novidade não estará disponível de imediato, apenas a partir de junho, informou a Fiat.

A gama do Mobi chega composta por seis versões: Easy, Easy On, Like, Like On, Way e Way On. Em todas as versões, a carroceria é de quatro portas, com motor de 1 litro e com três anos de garantia de fábrica.

Para reforçar a segurança, o carro tem o sistema ESS (da sigla inglesa para sinalização de parada de emergência). Em caso de frenagem brusca, o pisca-alerta é acionado para alertar o motorista que vai atrás, juntamente com as luzes de freio tradicionais. Outro recurso útil é o Lane Change. Com apenas um leve toque na alavanca da seta, as luzes de direção piscam por cinco vezes, dando mais segurança em mudanças rápidas de faixa. Ambos os itens equipam todas as versões do Mobi.

Com 907 kg, o Mobi é um dos carros mais leves do Brasil, o que resulta em benefícios tanto na economia de combustível como no desempenho. A leveza colabora em mais uma série de quesitos, até mesmo na hora de esterçar a direção (com assistência hidráulica de série em cinco das seis versões).

Preços do Fiat Mobi:

Easy: R$ 31.900

Easy on: R$ 35.900

Like: R$ 37.900

Like on: R$ 42.500

Way: R$ 39.300

Way on: R$ 43.800

(*) Viajou a convite da FCA

 

Fábio Doyle (*)