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Quem observa o panorama automotivo das cidades nota com facilidade a presença cada vez maior de carros tipicamente urbanos nos grandes centros. Entre eles se destacam os “Premium” desse segmento: o smart (da Daimler) e o Fiat Cinquecento, ou 500. O smart, o mais urbano de todos ainda tem vendas muito limitadas pelo preço (a partir R$ 52 mil, podendo chegar a R$ 68 mil). Com lugar para duas pessoas (e nada mais mesmo!) é o mais “puro sangue” entre seus concorrentes. Ainda caro, é um veículo para quem já tem na garagem todos os tipos de carro e, para ser moderno, amigo da sustentabilidade, politicamente correto, o inclui em sua frota e o utiliza para trafegar sem dor na consciência pela cidade.
No Brasil o smart emplacou 631 unidades em 2012 e 153 de janeiro a maio deste ano. Em Minas Gerais foram apenas 14 unidades emplacadas de janeiro a meados de junho deste ano, segundo os números da Fenabrave – a associação dos distribuidores de veículos.
A Mercedes Benz do Brasil e seus revendedores trabalham com afinco para fazer crescer esse número. É essencial, no entanto, que o governo federal tenha sensibilidade sobre a importância em incentivar (com menos impostos) esses veículos tipicamente urbanos, como já acontece há muitos anos em outros mercados.
Na Europa o smart é vendido, em suas versões com motor elétrico - as mais caras - por preços entre 20 mil e 33 mil euros (R$ 60 mil a R$ 99 mil). Nos Estados Unidos, quem quiser ter um pode fazer leasing com valores a partir de U$ 99 por mês, durante três anos. Isso para a versão com motor a gasolina. Se optar pela versão com motor elétrico, o valor do leasing, também por três anos, é de US$ 199 por mês. Por aqui o smart elétrico ainda nem chegou. A razão é o preço inviável que atingiria, decorrente principalmente dos impostos absurdos e o total descaso do governo em incentivar o uso (e porque não até a produção local) desse tipo de veículo. Uma versão “basicona” foi desenvolvida especialmente para o mercado brasileiro, que tem preço de aproximadamente R$ 52 mil.
Em Belo Horizonte, a Minasmáquinas, concessionária Mercedes-Benz e smart da cidade, ofereceu à nossa reportagem, por um final de semana, uma unidade do smart fortwo turbo cabrio para avaliação.
Nos pouco mais de dois dias que rodamos com o subcompacto urbano pela cidade, enfrentando suas muitas ladeiras, ficou evidente a praticidade do “mini” automóvel no corre-corre da cidade grande. A facilidade das manobras, a versatilidade nos congestionamentos e nas vagas de estacionamentos, apertadas até para carros médios, deixa evidente como seria bom se todos pudessem escolher um carro como o smart para se locomover quando estiverem só (ou com mais um passageiro) pela cidade. É então que se entende porque cidades como Paris, Londres, Roma, Berlim, entre todos os centros urbanos europeus, têm tantos carros urbanos rodopiando por suas superlotadas vias urbanas. Lá, além de os cidadãos terem renda mais elevada, eles também tem acesso a carros como o smart por preços bem mais em conta do que aqui.
Além da praticidade, da racionalidade em se usar carros como o smart nos grandes centros, é preciso não esquecer que ele é um veículo amigo do meio ambiente. Econômico, ao consumir menos combustível ele também polui menos. Nos pouco mais de 200 quilômetros que rodamos em BH, o consumo médio ficou na casa dos 10 a 11 km/litro, segundo indicações do computador de bordo.
Apesar de subcompacto, o conforto para quem dirige e o carona é irrepreensível. O câmbio automatizado demanda algum tempo até nos acostumarmos com suas reações “explosivas” e o pequeno motor 1.0 é perfeitamente compatível com o peso pluma do smart (entre 750 e 800 kg, dependendo da versão) e que acelera e tem torque que nada deixam a desejar. Dirigimos a versão Cabriolet com motor turbo que desenvolve potência de 84 cv. Há também a versão de entrada com o mesmo propulsor sem o turbo com potência de 71 cv.
Com airbags (quatro nas versões top e dois na de entrada), freios com ABS, controle de tração, entre outros sistemas de segurança ativa e passiva, o carrinho é muito bem equipado nesse quesito.
O mesmo vale para os itens de conforto. Estão lá o ar-condicionado, a direção elétrica, o som com entrada USB, o computador de bordo, as travas elétricas das portas e, na versão avaliada, até GPS, Bluetooth e DVD.
Em suma, não fosse o preço ainda elevado no Brasil, todos moradores dos grandes centros urbanos que dependem de transporte individual (ou seja, o automóvel) deveriam ser motivados a ter na garagem um carro urbano como o smart (preferencialmente com motor elétrico). Seria uma decisão racional e compatível com o mundo em que vivemos, na luta constante pela preservação do ambiente. Para o trânsito, os problemas seriam reduzidos pela metade. Com seu comprimento de 2,69 metros ele ocupa metade do espaço dos carros médios.
mhdcoupé | turbo coupé | turbo cabrio / cabrio tritop | |
Cilindros | 3 em linha | 3 em linha | 3 em linha |
Cilindradas (cm3) | 999 | 999 | 999 |
Potência máxima (cv / rpm) | 71 / 5.800 | 84 / 5.250 | 84 / 5.250 |
Câmbio | 5 marchas automatizado | 5 marchas automatizado | 5 marchas automatizado |
Aceleração 0 a 100 km/h (s) | 13,7 | 10,9 | 10,9 |
Velocidade Máxima (km/h) | 145 | 145 | 145 |
Peso (kg) | 750 | 770 | 800 |
Pneus | 175/55 R15 - 195/50 R15 | 175/55 R15 - 195/50 R15 | 175/55 R15 - 195/50 R15 |
Volume do porta malas (L) | 220 - 340 | 220 - 340 | 220 - 340 |